A árvore amava o azul do céu; desejava, com todas as forças tocar no céu. Mas as aves, distraídas e sem noção do grande amor da árvore, diziam, sem rodeios: "O céu fica muito no alto! Você teria que crescer muuuito e se esticar ainda mais... mais do que pode, para tocar no céu!"
A árvore passou dias (meses, anos...) olhando para a beleza do céu; um dia estava azul, noutro cinza e em outros avermelhado... aquelas cores todas faziam o amor da árvore aumentar ainda mais.
E com todo o amor, a árvore ia se esticando, esticando... mas nunca conseguia tocar sequer numa pontinha do céu.
Um dia, quando todas as folhas secaram e voaram com o vento, a árvore estava calada, triste... e o vento vendo sua tristeza perguntou: "Árvore, o que você tem? Por que está tão triste? Você é tão linda!"
E a árvore respondeu: "Estou triste porque, desde pequenininha, eu quero tocar no céu... e por mais que eu me estique... não consigo!"
O vento pensou, rodou para leste, oeste... então chegou para a árvore e disse: "Se esse é o seu maior desejo... maior da vida, eu posso ajudá-la! Posso levá-la até o céu!"
A árvore se assustou, ficou feliz-e-desconfiada, e, sem pensar duas vezes, perguntou: "Mas, como isso é possível, seu vento?"
O vento sussurrou entre os galhos (sem folhas) da árvore: "Eu posso rodar, rodar... e arrancar a senhora desse chão e levá-la até lá em cima!"
A árvore nem esperou o vento acabar e respondeu: "Eu quero!"
O vento, vendo a alegria da árvore, começou a ir-e-voltar, rápido, mais-rápido... e rodou, rodou, rodou... até que arrancou a árvore do chão e a levou para o céu.
A árvore, enfim, conseguiu tocar no céu; que felicidade!!!
E aquela árovre nunca mais foi vista na floresta.
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