Lana precisava de Gustavo.
Um sentimento intenso mantinha a moça “presa” ao rapaz.
Os dois viviam em harmonia, mas os sentimentos de Gustavo e
Lana não eram os mesmos – enquanto ela se desdobrava para estar junto, agradar,
fazer vontades... ele vivia uma amizade “forte”, nada mais.
Lana viveu com esse amor por dois anos e fazia o possível e
o impossível para demonstrar seu sentimento: comprava presentes, acompanhava
Gustavo em festas e encontros de amigos, ouvia suas histórias, consentia,
ratificava e sorria... Em casa, Lana sonhava com um amor correspondido, mas
para Gustavo, cada dia mais distante, o que eles tinham era uma amizade “à toda
prova!”.
A cada dia, encontro e submissão, Lana buscava
desesperadamente um meio de romper os laços que ela (!) sentia e nutria – esperava
uma palavra, um gesto ou um desencontro para dar um basta àquela situação –
mas, curiosamente, enquanto aguardava a “última gota”, que faria transbordar o copo de
dores e desilusões, mantinha intacto o sentimento.
Numa noite, ao caminhar com Gustavo pela rua principal do
bairro, sua espera pela “última gota” chegou ao fim – o rapaz encontrou uma
amiga e deixou Lana sozinha por dois minutos, tempo suficiente para cumprimentar
a amiga e voltar. Para Lana foi a situação longamente esperada para ficar de
mau humor, calar-se e se despedir na primeira esquina... A partir daquela noite
Lana abandonou Gustavo e suas festas, amizades e histórias – o copo tinha
transbordado!
Alguns meses depois Gustavo e Lana se encontraram em uma festa e, depois de uma
conversa um tanto ácida, chegaram a um consenso: o fim daquela
“amizade” foi um alívio para ambos.
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