Maicon está sentando na escada da escola.
Olha para os colegas de turma e as outras crianças entrando para a forma.
Alguns, ele olha com mais atenção; parece que procura algo em cada pessoa. Olha os professores, que entram um a um pela porta estreita... e fica ali, sentado, até que um professor pede licença para passar com a turma, para o segundo andar.
Levanta, olha para trás, vê o professor e a turma "sumindo" na dobra da escada. Continua andando para o pátio interno. Dois meninos, de uns sete ou oito anos, brincando de pega-pega esbarram, mas Maicon continua andando na direção da porta da sala de aula.
Chega na porta, olha para dentro da sala, vê alguns dos colegas de turma, mas não se anima para entrar - muitas coisas mudaram desde que a professora foi embora... as aulas engraçadas, mesmo com as ralhas da professora, os jogos coloridos, as canções antigas, que ela ensinava... tudo agora era só um amontoado de lembranças, que povoavam a cabeça de Maicon e muitos outros da turma.
Teve vontade de chorar, mas segurou, com força, a emoção.
Voltou-se para pátio vazio e quase silencioso, encostou na parede e ficou em silêncio - o pátio quase vazio era a única testemunha de tudo o que o menino estava sentindo e pensando.
Apesar da força, uma lágrima desceu pelo rosto e foi parar nos lábios, que engoliram aquele pedacinho da "salgada" lembrança.
Voltou para o centro do pátio, sentou no banco comprido e ficou ali, sem rumo, saudoso e segurando o choro.
"Ela nunca mais vai voltar! Nunca mais seremos a mesma turma!...", falou baixinho, para ele mesmo e para Deus ouvir.
É assim que eu vou ficar sem as suas aulas tão agradáveis e maravilhosas! Já estou com saudades professor :)
ResponderExcluirBeijoos,
Thamires da FRASCE ;)