quinta-feira, 12 de abril de 2012

SURDEZ E FEL.

Você nunca disse toda a verdade;
aquela verdade que fica de molho em fel e agonia;
nunca sequer tinha comentado comigo que ela existia e,
sequer, disse que ela era azeda e queimava a pele.
E naquela tarde, após os meus sorrisos,
você pegou (com as mãos) toda aquela verdade, ácida, azeda e mal-humorada
e enfiou nos meus ouvidos - apesar de eu implorar que não fizesse isso - e
fiquei surpreso, triste e surdo - meu coração não ouve mais...

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