Samanta viu em cada janela da rua onde morava uma lembrança do dia das bruxas; abóboras de plástico, fantasminhas, esqueletos de papel... todo tipo de enfeite para dar o 'clima'.
Achou graça de todos os enfeites e da vontade que as pessoas têm de divulgar uma festa que é da cultura de outro país - os Estados Unidos.
Caminhou devagar até sua, que era a única daquela parte da rua que não tinha nenhum enfeite que lembrasse o 'halloween'. Entrou pelo portão e em cinco passos estava na varanda; abriu a porta da sala e entrou. Largou a bolsa no sofá e olhou para o espelho... "meu deus, preciso arrumar esse cabelo antes de sair de novo... está horrível!". Caminhou para a cozinha, mas em frente à porta do banheiro notou algo diferente, dentro do box - uma sombra que se movia - ficou sem ação, mas recuperou o fôlego e abriu a cortina. Dentro do box estava um esqueleto de papel desenhado pelos seus dois filhos - era um esqueleto torto, mal desenhado e 'pior pintado', como falava o mais novo.
Samanta riu... realmente era difícil 'romper com a onda avassaladora da cultura norteamericana'... hamburgueres, refrigerantes-cola, cawboys... e agora, no último dia de outubro, as bruxas, abóboras e esqueletos... só faltava os filhos chegarem em casa e perguntarem: "Doce ou travessuras?" - independente de dar os doces, os dois fariam as suas travessuras.
Samanta chegou na cozinha, abriu a geladeira e perguntou para si mesma: "E onde está o Saci Pererê? A Cuca? A Mula Sem Cabeça? Onde?...".
é verdade Plinio,a cada dia estamos tendo mais influencias,mas dizem que isso é globalização,multiculturalismo,kkkkk e a cuca,saci e os demais ficam só nos livros infantis,servindo apenas para assustar bebe.
ResponderExcluir