Correu um quarteirão aos prantos.
Parou e pensou em voltar, mas não tinha coragem, não tinha... vontade.
A roupa rasgada e os pés descalços denunciavam que algo grave, muito grave estava acontecendo - uma briga ou algo parecido.
Ana olhou para a casa, agora silenciosa, as janelas abertas e a porta fechada. Observou que a casa precisava de reparos, alguns urgentes - e não era apenas uma pintura ou mudar um portão, eram reparos sérios, de estrutura... e assim ficou algum tempo, e em cada momento olhava uma parte da casa... e a casa foi ficando pequena, pequena, menor ainda... e então Ana percebeu que a casa não estava diminuindo, ela é que estava se afastando daquela casa, por isso parecia que a casa diminuía.
Percebeu que a casa estava muito longe, ou muito pequena para ela; virou-se, olhou para a rua que se estendia à sua frente, e começou a caminhar. Em certos momentos com lágrimas nos olhos, mas em muitos outros, ostentava um sorriso de satisfação.
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