quarta-feira, 13 de julho de 2011

ARREPENDIMENTOS E SONHOS.

Nem posso ir tão longe em meus desejos, principalmente no tempo... faz tanto tempo que nos vimos pela última vez - realmente eu me lembro pouco daquela noite, das roupas que você usava e do que falamos... principalmente do que falamos.
Falamos sobre a vida, sobre o passado e os desejos que sempre sentimos um pelo outro... e lembro a última frase que você me disse: "A vida passa tão rápida!" Depois você deu um beijo em mim e foi embora de tudo: daquele lugar, da minha vida e dos meus sonhos.
Agora, tantos anos após aquela noite eu a reencontro e tenho certeza de que o tempo não passou para você. Você não mudou nada, nem um dia sequer. Eu, ao contrário, me sinto como se tivesse envelhecido todos os anos possíveis em uma vida inteira. Sinto todas as saudades e todos os arrependimentos - e o que mais me lembro é de que me gabava de que não me arrependia de nada que tinha feito na vida (ah, como as frases prontas nos confortam: me arrependo do não fiz...) - me arrependo de ter deixado você ir, sem sequer um beijo ou um abraço e por não dizer uma frase; frase que guardei em meu espírito por tanto tempo: "Não vá sem mim!"
Não disse a frase, fiquei em silêncio olhando você sumir na escuridão e na distância e agora, nesse reencontro, sou apenas o arrependimento, mais do que isso, sou todo o arrependimento que "tantos anos de vida" podem acumular em um homem sem sonhos.

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