sábado, 25 de junho de 2011

PORTAS.

Eu andei muitos dias olhando para as pessoas, para os prédios, para as ruas, sem parar. Procurei em cada olhar, em cada caminhar, em cada esquina e janela uma pessoa para amar- na verdade procurei 'aquela' pessoa, mas você nunca me deixou, nunca saiu de mim - sempre que eu olhava uma pessoa e sorria, você, 'ao meu lado', me cutucava e dizia: "Não!", um 'não' doce, mas de censura.
Nas tardes de outono, no Rio, caminhar por entre os prédios do Centro ou nos canteiros do Aterro do Flamengo, é uma experiência única de bem estar, de estar em sintonia. Também nesses lugares procurei encontrar o amor e uma nova vida para mim (pois viver só, para mim, é viver uma antiga vida e eu preciso de 'uma nova vida'), mas sempre que eu via alguém interessante... você 'colocava a mão em meu ombro, sorria' e dizia: "Não!".
Fugi de todos esses lugares - me tranquei em casa, parei de entrar na internet, de conversar no telefone... mas, você sempre estava por perto... e sempre a mesma palavra: Não!
Meus amigos diziam o quanto eu precisava insistir, pois 'numa esquina e num momento qualquer' eu encontraria uma esperança, um sorriso novo de mim, para mim... mas eu não consigo passar da porta da minha casa, da nossa casa.

Um comentário:

  1. oi, fico feliz de poder desfrutar de algumas ideias suas. Isso é muito bom.
    Sou grata por você compartilhar um pouco de suas experiencias com seus alunos.
    Um abraço.

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