quinta-feira, 28 de abril de 2011

LAGARTA.

Hora do recreio.
Turma após turma chega ao pátio para o almoço e um  pequeno intervalo.
As crianças de várias turmas (e séries) brincam - os piques de corrida e pular-elástico são as brincadeiras preferidas.
Num canto dois meninos e uma menina tentam com um pequeno graveto alcançar uma lagarta, que está numa pequena árvore. E para alcançar a lagarta, os três, fazem uma ginástica: um se espicha e tenta, mas não consegue; a menina reclama: "Precisa pegar uma pedra, pra ficar mais alto!" A pedra é colocada junto da árvore. A menina tenta alcançar, também não consegue; o terceiro menino tem uma nova ideia: "Vou segurar você no colo e aí você pega a lagarta!"
E assim foi feito. E tanto se esticaram e tanto tentaram, que os três conseguiram alcançar a lagarta.
Os três sorriram de felicidade e ficaram olhando a lagarta - ela era toda preta, com uns anéis amarelos e tinha uma cabeça com dois olhos vermelhos e um rabo, meio enrolado, que soltava um líquido sempre que alguém encostava o graveto nele.
O menino mais velho, que tinha uns dez anos, olhou para as meninas que estavam pulando elástico e teve uma ideia - pegou o graveto e começou a correr atrás das meninas com a lagarta na ponta do graveto.
Todas as meninas corriam fugindo e gritando da lagarta. A confusão foi geral.
Até que uma professora chega e pede ao menino para devolver a lagarta à arvore. O menino faz uma cara de  desapontamento e reclama: "Mas, professora, eu peguei a 'largata' agora!"
A professora não vacila e responde: "Vai rapaz, coloca a l-a-g-a-r-t-a na árvore! L-A-G-A-R-T-A, ouviu?"

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