Ainda lembro de quando nos falamos pela primeira vez.
Foi um olhar diferente; um sorriso de cumplicidade; um toque de mãos quente e logo depois uma conversa animada e interessante, daquelas que a gente 'reza' (ou 'ora') pra não terminar nunca mais.
As horas passavam e cada um de nós só tinha um pensamento: os relógios do planeta poderiam parar, só pra gente ficar conversando essa (interminável) noite toda.
Vivemos o segundo encontro. Logo estávamos no terceiro, no quarto, no quinto... até que só conseguíamos lembrar da data do encontro. O número de encontros se perdeu na dimensão do tempo, afinal as poucas horas do primeiro dia se transformaram, por mágico-amor, em muitas horas e logo em dias, que não demoraram a virar semanas e meses.
E depois de alguns meses (ou seriam anos?) nós resolvemos o óbvio - a união!
'Juntar escovas', 'comer um quilo de sal juntos' e acordar para sempre juntos e felizes...! Essa era a nossa única intenção - a felicidade.
Depois de um tempo veio a primeira decepção; depois as pequenas (e toleráveis) cenas de ciúmes; e logo alguns gritos no metrô; um leve empurrão na porta da sala num dia de 'cão' e no final as desconfianças.
Do olhar diferente eo sorriso de cumplicidade para as (desgraçadas) desconfianças foi um breve período de anos (Tudo isso? Como o tempo voa! P..., eu tô com cabelos brancos!).
Não sabemos como tudo isso aconteceu ou mesmo onde se escondeu olhares, sorrisos e apertos de mão, mas o tempo passou.
E as mimosas frases, do tipo: "Polenguinho, meu amor!" acabam se transformando em "Sai de mim... dá um tempo!".
Ah Polenguinho! Sei que é ficção, mas mesmo assim, espero que minha (nova) história nao termine como seu conto.
ResponderExcluir