domingo, 20 de dezembro de 2015

NÃO SEI SE CANTO ...


"Então é natal...", "Já é natal na leader..." ou "Na aba do meu chapéu...", mas o fato é o seguinte: eu embarquei no 563 (para Caxias), sento em um banco sozinho. A viagem prossegue.; na altura de Parada de Lucas cai sobre o meu joelho (direito) uma mulher (de uns 30-e-tantos anos); nem olho, para evitar assunto. Ela senta, e apesar de não ser grande ou gorda, me espreme no banco. Penso: "Caraca... vai sentar e amassa meu joelho! Senta e me espreme..Jesus-Maria-e-José...". Novamente não olhei - não gosto de gente espaçosa.
Cara 'metida' na tela do celular, lendo o horóscopo. De repente ouço o barulho de uma colher raspando um corpinho de iogurte; o barulho aumenta, com as investidas mais fortes da mulher espaçosa e, agora, gulosa.
Falo baixo, na verdade clamo: "Jesus."
Em três ou quatro (violentas e rápidas) colheradas a 'senhora dos adjetivos' dá cabo do conteúdo do copinho. Para finalizar a operação 'comer iogurte no ônibus, eu apoio!', ela mete a colher na boca e dá aquela chupada gostosa e barulhenta (nao consigo escrever uma onomatopeia dessa...).
Com certo medo e horror, olho de lado... e ela me surpreende mais 'um pouco', ela chupa a corisa do nariz (outra onomatopeia sem descrição, mas eu sei que vocês conhecem o barulho) e engole seja-lá-o-que-tinha-nas-vias-aéreas... iogurte? Meleca? Corisa de uma gripe mal curada?
É, não tenho outra alternativa - Simone, canta, vai!... Então é natal... e que venham as rabanadas, de vinho!

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