quinta-feira, 9 de abril de 2015

PEDRA.

Elza sentou ali mesmo, cansada... olhou para a casa e viu a vida (quanta luta, meu deus!); enquanto as pessoas iam e vinham, num movimento rápido de ajudas, Elza calada estava e calada ficou.
Os olhos molhados se mostravam cansados; sorriu um riso de deboche – entre dentes disse: “Vida maldita! Quem você pensa que enganou por tanto tempo?” Levantou de onde estava, quase caiu de cansaço, mas firmou o corpo; se abaixou e pegou uma pedra, mirou na parede avermelhada... mirou entre a porta e a janela, e atirou a pedra com raiva e força. Acertou na janela, que soltou um pequeno festival de fagulhas.

O rosto iluminado pelo fogo não chorou, não xingou, não franziu... Elza só conseguiu dizer para si mesma: “Acabou!”

Nenhum comentário:

Postar um comentário