Felipe saiu da escola cedo; pegou a bicicleta e
pedalou pela rua cheia de árvores. No final da rua tinha um campinho; lá,
Felipe, largou a bicicleta e correu até a mãe, que estava sentada embaixo de um
flamboyant todo florido.
Felipe sentou no colo da mãe, que reclamou: “-
Felipe, você já é um rapaz e está pesado!”; o menino riu e abraçou a mãe e,
dando um pulo, segurou a cadeira da mãe pelos “apertos de mãos”; a mãe riu mais
alto que Felipe e ralhou (de brincadeira) com ele: “- Felipe, cuidado, eu posso
cair!” Felipe riu e sem resistência da mãe, rodopiou, no mesmo lugar, com a
cadeira de rodas; ela segurou nos “aros de mãos” e travou a cadeira e os dois
riram alto.
A mãe fez um sinal com a mão, mandando Felipe
sentar no seu colo; ele obedeceu! A mãe falou seriamente com o menino: “-
Felipe, amanhã é seu aniversário e não vamos fazer festa...”; “- Eu sei, mãe!
Eu sei!”; “- Espera, deixa eu explicar certas coisas para você. Não vai haver
festa porque estamos...”; “- Mãe, não precisa explicar! Eu não quero a festa,
nem presente... Eu só preciso saber uma coisa...”; “- O quê?”; “- Você vai
estar comigo e continuar me amando?”
A mãe riu, balançou a cabeça afirmativamente e
disse: “- Claro! Claro, Felipe! Sempre!”; “- Então tá bom para mim! Mas... vai
ter pelo menos brigadeiro?”; “- Brigadeiro com beijo, serve?”; Felipe disse: “-
SIMMMM!”, pulou do colo da mãe e correu em volta da cadeira, rindo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário