A cada período do ano ela adorava uma ou mais palavras, daí era a própria imagem do exagero - tudo era motivo para ela usar aquela ou aquelas palavras adoradas.
Nos últimos meses, Silvia, estava com a palavra "intriga" no pensamento e na boca - qualquer assunto, em qualquer momento, a menina encontrava um jeito de colocar a "intriga" nas conversas. As amigas estavam conversando sobre roupas: vestidos, blusas e sapatilhas... Silvia esperava uma 'deixa' e emendava: "- O vestido é mais legal que blusa e short... dizer o contrário é intriga!" Se a mãe a vizinha conversavam sobre a dona Julia, do apartamento 304, Silvia, atenta, espera uma 'brecha' e concluía: "- Mãe, não está vendo que isso é intriga? Deixa para lá...". A mãe explicava para todo mundo a mania da menina; as pessoas riam e diziam que era coisa de criança.
Silvia lia tudo que estava ao alcance da mão - livros, revistas, pacotes de supermercado, embalagens... e quando encontrava uma 'nova' palavra ficava encantada - lia e falava a palavra várias vezes; ouvia o som da palavra e procurava no dicionário o significado. E depois disso, como de costume, usava-e-abusava da palavra em todos os momentos e lugares.
Numa manhã, na cozinha, a mãe de Silvia escrevia um bilhete para o marido. A menina olha o bilhete e manda a seguinte palavra: "- Macróstico..." abanou a cabeça e repetiu: "- Macróstico..."
A mãe olhou e riu daquela palavra e da forma de falar da menina; Silvia sorriu e a mãe perguntou: "- O que é isso, menina?" Silvia respondeu: "- Vai no dicionário, mãe... vai...!"
Eu também fui procurar no dicionário.... Rs
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