terça-feira, 9 de outubro de 2012

LITO NA REDENÇÃO... OU "HÁ 25 ANOS ATRÁS!"

Nada acontecia naquela tarde fria de Porto Alegre.
Lito caminhava pelo caminho central da Redenção; dos dois lados árvores, pequenos monumentos, bancos e por toda parte o vento frio cortante.
Para se distrair, Lito, passou a contar os bancos que ladeiam o caminho... já tinha passado por uns tantos, mas queria apenas se distrair e não fazer um levantamento do parque... riu sozinho, os lábios gelados 'reclamaram'.
Um, dois, três... do outro lado mais três... à frente o grande chafariz, que estava vazio, sem movimento - aliás, na 'Redenção' poucas coisas tinham algum movimento naquela temperatura ("Uns dois graus!" pensava Lito). Passou olhando para o chafariz; esqueceu da contagem dos bancos... Lembrou do parque nos domingos ensolarados do verão - o Brique, com suas barracas, antiguidades, artesanatos, fotos antigas e, entre uma barraca e outra, clandestinamente, a venda de animais de estimação. Lembrou dos dias alegres no brique e de como os cinzentos e gelados dias de inverno, como aquele, adormeciam a memória, fazendo parecer que sol, risos, camisetas-e-bermudas e doces alemães da barraca de dona Olga estavam guardados em uma caixa.
Lito abaixou a cabeça e não conseguiu conter um sorriso de felicidade... "Ah... que dias maravilhosos! Meu nome é 'cá-te-espero!', verão... quando deres por conta, tu, verão, estarás em toda parte de Poa, e o Brique estará ensolarado e a gurizada toda estará pelo parque, pedalando e correndo, rindo e comendo algodão-doce e churros... 'cá-te-espero!', 'cá-te-espero!', verão!"
Em frente ao portal-monumento, Lito segue para a esquerda, precisa se aquecer e tomar um chocolate quente...

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