Lito caminhava pelo caminho central da Redenção; dos dois lados árvores, pequenos monumentos, bancos e por toda parte o vento frio cortante.
Para se distrair, Lito, passou a contar os bancos que ladeiam o caminho... já tinha passado por uns tantos, mas queria apenas se distrair e não fazer um levantamento do parque... riu sozinho, os lábios gelados 'reclamaram'.
Um, dois, três... do outro lado mais três... à frente o grande chafariz, que estava vazio, sem movimento - aliás, na 'Redenção' poucas coisas tinham algum movimento naquela temperatura ("Uns dois graus!" pensava Lito). Passou olhando para o chafariz; esqueceu da contagem dos bancos... Lembrou do parque nos domingos ensolarados do verão - o Brique, com suas barracas, antiguidades, artesanatos, fotos antigas e, entre uma barraca e outra, clandestinamente, a venda de animais de estimação. Lembrou dos dias alegres no brique e de como os cinzentos e gelados dias de inverno, como aquele, adormeciam a memória, fazendo parecer que sol, risos, camisetas-e-bermudas e doces alemães da barraca de dona Olga estavam guardados em uma caixa.
Em frente ao portal-monumento, Lito segue para a esquerda, precisa se aquecer e tomar um chocolate quente...
Nenhum comentário:
Postar um comentário