Elisa acordou
de mau humor.
Pela janela
viu o sol que já estava aparecendo no horizonte; apesar daquele céu
rosa-alaranjado com poucas nuvens, ela pressentia que o dia não seria ‘dos
melhores’, como gostava de frisar nessas ocasiões.
Abriu a
janela, “Deixa o vento, o ar entrar... para espantar essa sensação”, disse para
si mesma. Olhou pela janela, o vento balançava as árvores do quintal. Alguns
pássaros voavam para-lá-e-para-cá, buscando alimento para os filhotes e
gravetos para terminar os ninhos.
Trocou a
roupa, colocou um vestido azul escuro, que usará na tarde e noite anterior;
olhou no espelho e resolveu que aquela roupa não estava boa e trocou. Colocou um
vestido mais claro e ventilado. Foi para a cozinha preparar o café. Pegou a
caneca, o café solúvel, leite, açúcar, pão de forma light, requeijão; colocou o
leite na leiteira, acendeu o fogo e deixou esquentando. Ligou o rádio e
ouviu algumas músicas antigas.
Preparou o
café solúvel, o pão com requeijão e abriu a porta da cozinha; sentou e ficou
olhando para o quintal. O vento ainda balançava as árvores e espalhava algumas
folhas. Elisa ‘tomava’ café, olhava o quintal com suas árvores e as folhas e
ouvia as músicas. O dia já estava claro, com sol, mas um ‘fio’ de frio.
Elisa
levantou e colocou a caneca, o prato e os talheres na pia; a música que estava
tocando era “do seu tempo” e as lembranças que evocavam eram as melhores – a juventude,
risos, bailes (que se chamavam ‘hi fi’), paqueras, roupas novas e os primeiros
beijos... – “Nossa!”, as lembranças fizeram Elisa dançar... alguns poucos passos
e sorrisos...
“Afinal, apesar
das últimas notícias da noite anterior, o dia não tinha começou tão mal
assim...”, e Elisa riu sozinha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário