O quarto
estava escuro.
Mesmo no escuro, Ana caminhou
sem dificuldades e parou em frente ao guarda-roupas, abriu a porta e pegou um
travesseiro.
Voltou para
a cama e deitou.
Olhava para
o teto, escuro e silencioso.
Teve vontade
de chorar, mas se conteve.
Falou baixo algumas palavras, sem nexo, sem vontade...
Um carro
passou pela rua e o som do motor e um pouco de luz entrou pela janela.
Com dificuldade, Ana adormeceu,
mas o sono foi agitado.
Logo acordou
e falou mais alto do que o normal – disse um nome desconhecido na casa:
“Celso!”
Como não conseguia mais dormir, levantou e ficou
em silêncio junto à janela.
A noite
passou lenta e insone.
Nenhum comentário:
Postar um comentário