domingo, 6 de maio de 2012

NOITES TRISTES.


O quarto estava escuro.
Mesmo no escuro, Ana caminhou sem dificuldades e parou em frente ao guarda-roupas, abriu a porta e pegou um travesseiro.
Voltou para a cama e deitou.
Olhava para o teto, escuro e silencioso.
Teve vontade de chorar, mas se conteve.
Falou baixo algumas palavras, sem nexo, sem vontade...
Um carro passou pela rua e o som do motor e um pouco de luz entrou pela janela.
Com dificuldade, Ana adormeceu, mas o sono foi agitado.
Logo acordou e falou mais alto do que o normal – disse um nome desconhecido na casa: “Celso!”
Como não conseguia mais dormir, levantou e ficou em silêncio junto à janela.
A noite passou lenta e insone.

Nenhum comentário:

Postar um comentário