Eliseu chegou na sala de aula no horário.
Cumprimentou os estudantes e o professor.
Sentou no fundo da sala. Olhou em volta, alguns antigos amigos e amigas das séries anteriores.
Sentiu a mesma sensação de todos os anos anteriores e tentou organizar, em sua mente, algumas certezas: o ano iria demorar a passar; as festas da escola seriam um festival de atividades infantis e sem graça; os intervalos para almoço seriam rápidos e os professores não deixariam os estudantes brincarem como quisessem; e... o pior, muitos e muitos dias de testes e provas...
Olhou mais uma vez em torno e achou que outros amigos e amigas estavam pensando a mesma coisa, pois tinham o mesmo ar de desânimo e um olhar perdido nas tristes paredes, metade azul e metade branca.
O barulho do ventilador (e que barulho!) despertou Eliseu dos seus pensamentos. Quando olhou para o quadro verde ficou espantado – o professor já tinha ‘passado’ no quadro mais de três deveres e todos de matemática (eram muitas contas e alguns problemas).
O dia quente e o silêncio dos estudantes copiando os deveres deram sono no Eliseu, que por mais de uma vez adormeceu, até que a cabeça caiu e isso o fez acordar.
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