quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

O TEMPO, A ALEGRIA E A DOR.

O tempo... misterioso tempo.
Não seríamos os mesmos sem o tempo; não falo somente sobre as mudanças físicas (bebe, criança, adolescente, adulto, velho), mas também do que acontece na vida de todos nós quando o tempo se impõe.
Esperamos e as crianças nascem; crescemos e nos apaixonamos; sofremos de saudade; crescemos e vamos trabalhar; os dias, meses e anos aumentam a saudade e, paralelamente, diminuem as dores das perdas (quantos amores 'que amamos tanto' foram se desfazendo com os dias? Quanta dores de lutos foram amenizadas com o passar do tempo?)...
E tudo isso acontece grão-a-grão (estou pensando nas ampulhetas) ou segundo a segundo.
Com o tempo vamos mudando de tamanho, rosto, voz e também de lugares, de amores e de humores... e tudo isso muito devagar ou muito rápido, dependendo de cada situação e pessoa.
E não há o que você possa fazer para diminuir o ritmo ou deter o tempo; você pode fazer a força que quiser, mas o tempo continuará passando e mudando você, a mim e a todos.
O tempo... misterioso tempo...

2 comentários:

  1. Às vezes também me pego pensando nos mistérios do tempo e ivariavelmente me recordo das canções que expressam pontos de vista diferentes sobre ele (o tempo), como Caetano "és o senhor do destino, compositor de todos os ritmos...", ou Oswaldo Montenegro em "A lista", mas me sinto particularmente triunfante quando ouço Nana Caymmi em sua "Resposta ao tempo":

    Resposta ao tempo
    (Aldir Blanc/Cristóvão Bastos)

    Batidas na porta da frente
    É o tempo
    Eu bebo um pouquinho
    Prá ter argumento

    Mas fico sem jeito
    Calado, ele ri
    Ele zomba
    Do quanto eu chorei
    Porque sabe passar
    E eu não sei

    Num dia azul de verão
    Sinto o vento
    Há fôlhas no meu coração
    É o tempo

    Recordo um amor que perdi
    Ele ri
    Diz que somos iguais
    Se eu notei
    Pois não sabe ficar
    E eu também não sei

    E gira em volta de mim
    Sussurra que apaga os caminhos
    Que amores terminam no escuro
    Sozinhos

    Respondo que ele aprisiona
    Eu liberto
    Que ele adormece as paixões
    Eu desperto

    E o tempo se rói
    Com inveja de mim
    Me vigia querendo aprender
    Como eu morro de amor
    Prá tentar reviver

    No fundo é uma eterna criança
    Que não soube amadurecer
    Eu posso, ele não vai poder
    Me esquecer

    Bela resposta, não é?

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  2. Às vezes também me pego pensando nos enredos criados ao longo do tempo e como vamos sendo conduzidos pos estas tramas, e então, me lembro de canções que expressam tão bem nossas afliçoes e alegrias diante deste "senhor implacável", como Caetano, em sua "Oração ao tempo", ou Oswaldo Montenegro em "A lista", mas me sinto particularmente triunfante ao escutar Nanan Caymmi e sua "resposta ao tempo":

    Resposta ao Tempo
    Nana Caymmi
    Composição: Aldir Blanc/Cristovão Bastos

    Batidas na porta da frente
    É o tempo
    Eu bebo um pouquinho
    Prá ter argumento

    Mas fico sem jeito
    Calado, ele ri
    Ele zomba
    Do quanto eu chorei
    Porque sabe passar
    E eu não sei

    Num dia azul de verão
    Sinto o vento
    Há fôlhas no meu coração
    É o tempo

    Recordo um amor que perdi
    Ele ri
    Diz que somos iguais
    Se eu notei
    Pois não sabe ficar
    E eu também não sei

    E gira em volta de mim
    Sussurra que apaga os caminhos
    Que amores terminam no escuro
    Sozinhos

    Respondo que ele aprisiona
    Eu liberto
    Que ele adormece as paixões
    Eu desperto

    E o tempo se rói
    Com inveja de mim
    Me vigia querendo aprender
    Como eu morro de amor
    Prá tentar reviver

    No fundo é uma eterna criança
    Que não soube amadurecer
    Eu posso, ele não vai poder
    Me esquecer

    Respondo que ele aprisiona
    Eu liberto
    Que ele adormece as paixões
    Eu desperto

    E o tempo se rói
    Com inveja de mim
    Me vigia querendo aprender
    Como eu morro de amor
    Prá tentar reviver

    No fundo é uma eterna criança
    Que não soube amadurecer
    Eu posso, e ele não vai poder
    Me esquecer

    No fundo é uma eterna criança
    Que não soube amadurecer
    Eu posso, ele não vai poder
    Me esquecer

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