Hoje assistimos no jornal da manhã que as regras para concessão do 'Passaporte Diplomático' mudaram - agora o nome do contemplado tem que ser declarado no Diário Oficial e foram suspensos os 'casos excepcionais', que davam direito a emissão do documento (que abre as alfândegas de fronteiras para seu portador) por até quatro anos.
E foi dentro dessa 'caixa escura' dos casos excepcionais da legislação brasileira que foram emitidos os Passaportes Diplomáticos dos filhos e netos do ex-presidente Lula (e sabe lá de quem mais).
E mais uma vez os brasileiros e brasileiras assistem aos 'casos excepcionais' criados pela legislação no país - e dentro desses 'casos' temos contratação de parentes para o Congresso, emissão de documentos oficiais 'especiais', facilitação de abertura de filiais de empresas estrangeiras no país para exploração de petróleo, água e minerais e tantos outros casos escabrosos.
Enquanto isso a maioria dos brasileiros e brasileiras - que não são convidados para festas oficiais - continuam trabalhando sem condições ou 'passaportes' especiais, aliás, trabalham sob condições muito comuns à maioria da população: péssimos transportes públicos, em cargas horárias que ultrapassam 13, 14, 15 horas (somando deslocamentos [ida e volta] mais as horas de trabalho) e quando chegam em casa (que não é um palácio, granja ou apartamento-oficial) ainda têm que asistir nos telejornais a 'boa-vida' dos funcionários-públicos-eleitos e seus parentes.
Acredito que está mais do que na hora dos 'casos excepcionais' serem extintos e para isso não precisamos que o Ministério Público Federal intervenha - só precisamos votar melhor!
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