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Todos temos dias e dias.
Dias em que chove; muita chuva, água por todos os lados; dias de alagamentos aqui e acolá; dias muito complicados. Olhar o céu nesses dias, ver as nuvens pesadas e saber que a chuva está chegando, pelo cheiro do ar - todo mundo já sentiu o cheiro da chuva - torna difícil sair nesses dias. O trânsito está parado, metrô cheio, ruas alagadas, guarda-chuvas abertos (não dá nem pra ver o que está pela frente... um (mini) caos na vida de cada um de nós.
Mas, é preciso sair!
É preciso ir no correio, na loja, no restaurante e no trabalho! É preciso 'tocar a vida', até mesmo porque a chuva é parte da nossa vida - é água voltando para a terra, enchendo os rios, nutrindo o solo, levando pedras e galhos que estão aqui para adiante...
Os dias de sol, ao contrário, convidam a gente para a rua, para o movimento, eles têm alegria e cores... todos gostam da claridade, daquela gente toda nas ruas, nos parques, sem guarda-chuvas, sem capas e água escorrendo pelo corpo... é mágico.
Mas, o ser humano, cada um de nós, é um micro-cosmos e mesmo que haja chuva lá fora é possível haver sol dentro de nós; e mesmo que haja sol lá fora, é possível haver chuva dentro de cada um de nós. E isso é fantástico - as duas faces de uma mesma moeda, que não se descolam, mesmo que eu só possa ver cada face de uma vez ou as duas parcialmente, ambas estão lá; 'estão lá' porque é isso que faz da moeda o que ela é - duas partes opostas que se complementam.
A vida também é assim - somos essa multiplicidade, essa riqueza, criada por Deus ou pela Natureza (tanto faz, não?), que só tem sentido com as duas partes - sol e chuva (ou chuva e sol).
Abra a porta no dia de chuva e diga para si mesmo: "Vou nessa!" e saia!
Abra a porta no dia de sol e diga para si mesmo: "Vou nessa!" e saia!
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