O vento, mais uma vez, passou forte e levou embora muitas lembranças.
‘Foram embora’ imagens, folhas de papel, palavras, olhares e sorrisos silenciosos e maliciosos... O vento, sem muita pressa, mas com a determinação de um deus, levou tudo de uma só vez; mas, na verdade, fui eu quem deixou tudo ir. Não tentei sequer por um segundo ou ‘por-um-movimento’ deter essa limpeza que o vento sempre faz em minha vida, de tempos-em-tempos.
Deixei ir números, lembranças, endereços eletrônicos, caminhadas e principalmente algumas palavras, que descobri (depois) eram falsas e um subterfúgio para me manter perto, próximo, ‘a mão’. Tudo voando, misturando-se umas coisas às outras e sem ordem... e eu, sublime, ereto e firme, vendo (e deixando) tudo ir... “que bom!”, defini.
Acredito que é importante deixar o ‘vento fazer seu trabalho’ em nossas vidas.
Ficar guardando e agarrado a lembranças, a números, a ‘frases’, a momentos... nos aprisiona, nos torna tristes.
Bem vindo seja o vento!
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