Cresceu como a maioria das crianças, acreditando que estava seguro e que o futuro seria uma casa confortável com carro na garagem.
Após trinta e dois anos, ao se ver no vidro de uma propaganda (de prêmios milionários) numa parada de ônibus, se deu conta que o presente não lembrava, nem de longe, aquele futuro tão tranquilo e feliz.
O que via refletido, misturado à imagem de um artista e prêmios maravilhosos, era uma sombra triste e pequena do homem que sonhara ser.
Riu, sozinho, daquele menino despreocupado e sonhador. Baixou os olhos... e quando olhou de novo para o homem entre os prêmios sorriu.
(Plínio Silveira, 06/12/2017)
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