domingo, 20 de dezembro de 2015

NO SUSTO.


Etevaldo acordou no "susto"!
Celular tocou, ele não ouviu; a mulher tinha dormido no serviço, e isso significava: ninguém para fazer um café, esquentar o pão na frigideira... e, ainda mais, atrasado. Era dia de sair com fome... e rápido - porque o relógio da Central, do Big Ben podem atrasar, mas o "de ponto" nunca, jamais atrasa. 
Veste a camisa do avesso, não nota; procura meias limpas e não acha - cheira rapidamente e resolve calçar as meias que usou ontem ("Ainda dá pra hoje!?!?", pensa); escova os dentes rápido... e no espelho do banheiro percebe que a camisa está do avesso ("Merda!", exclama sem pudor). Tira, desvira e veste a camisa... olha no espelho - o cabelo despenteado de novo... respira fundo e conta até 6... "Tá bom! Contar até dez vai me atrasar mais ainda...".
Pega a mochila e enfia carteira, camisa do trabalho e celular. Sai andando rápido e pensando: "Marina, que falta você faz, mulher!"
Quando vai abrir a porta, olha pro calendário e lê: Sexta-feira, 13.
Etevaldo ri, se acalma, ajeita a mochila e pensa: "Isso tudo, dona sexta feira treze, é culpa sua!"
O celular dentro da mochila começa a tocar o alarme. Etevaldo pega o aparelho, olha e ri... 

(Plínio Silveira - sexta-feira 13 de novembro de 2015).

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