sexta-feira, 26 de agosto de 2011

DOIS ANOS ADMIRANDO E DOIS DIAS PARA CONHECER.

Durante dois anos, pelo menos duas vezes por mês, eu encontrava você - um dia na danceteria, outro no mercado e outros pela rua.
E nessas ocasiões, meus olhos seguiam você. Seguiam até uma esquina, uma porta de loja ou até você encontrar seu namorado, que aliás, sempre estava com você.
Até que há quinze dias nos encontramos num barzinho e curiosamente você estava só. Um copo de cerveja na mão e aquele olhar que sempre me 'prendeu', que sempre quis admirar de perto e sem receio (do seu namorado ver).
Olhei espantado e curioso - nunca tinha tido tamanha oportunidade, mas a minha timidez foi maior e mais forte. Admirei de longe, por algum tempo, até que você chegou perto de mim e disse: "- Eu só trairia meu namorado se fosse com você!"
Imediatamente o mundo se revirou e tudo ficou confuso e eu, muito, muito eufórico.
Andei na sua direção e puxei assunto, mas na verdade eu queria era 'puxar beijos'... e logo isso aconteceu: beijamos longamente, e como foi bom.
Cego, surdo e sem-destino, como todos que estão apaixonados, fiquei à sua disposição, à disposição de todas as suas vontades.
No dia seguinte um ou dois telefonemas e voltamos a nos encontrar, mais uma vez longe da presença do seu namorado.
Sentados em um bar qualquer, mas um bom bar, rimos, falamos do primeiro encontro, dos olhares, das muitas vezes que nos vimos e não nos falamos... até que uma palavra mal colocada provocou uma reação inesperada e tudo começou a desandar.
Nem lembro a palavra ou o motivo, mas tudo começou a perder sentido - umas palavras eram 'pesadas' e outras maliciosas, até que resolvemos levantar e ir embora.
'Decepção', pensei.
Depois nos falamos pelo 'emeesseene' e descobri que era isso mesmo: decepção.

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