sábado, 21 de maio de 2011

FRASES-'CHAVE' ou ESTUDA QUE DÁ CERTO!

Esta vida é uma 'caixinha de surpresas'... como se diz por aí.
Após entregar as avaliações corrigidas, um professor tem o desgosto de ouvir as (repetidas) frases dos seus estudantes, que tentavam a quase qualquer custo recuperar 'meio' ou 'um ponto' na média.
As frases vão do apelo rasgado à tentativa de discussão técnica, sempre de forma mal elaborada, mostrando claramente o despreparo dos estudantes.
Para conhecimento de quem lê apresento as frases mais comuns - e 'mais comuns' significa que são utilizadas pelos estudantes em todas as disciplinas, sem o mínimo de cerimônia ou temor de parecer repetitivo, afinal o apelo-sem-sentido é, em síntese, um choro-sem-lágrimas-e-sem-motivo, por isso é justo e legítimo que seja lançado a esmo, na tentativa de acerta um ou outro 'alvo' (os sentimentos dos professores).
Vamos a algumas das frases-'chave':
- Vai professor, me dá um ponto aí... por favor! (com cara de sofrimento - mas se o 'ponto' é negado a cara muda radicalmente).
- Poxa professor, eu nunca tirei uma nota tão baixa! Eu posso mostrar meu histórico e o senhor vai ver... (a resposta, invariavelmente, tem sido: Você tem sido mal avaliado!).
- A resposta da questão 'tal' é uma pegadinha! (Pegadinha é quando o estudante estudou tão pouco ou faltou tanto que não consegue identificar o erro do acerto - e na hora da escolha sempre escolhe a resposta errada!).
- Professor, por favor, eu sou bolsista... eu não posso tirar menos do que sete! (Eu respondo que se a pessoa é bolsista e ''precisa'' tirar sete ou mais... tem que estudar, pois a bolsa já é uma concessão e que o bolsista deve valoriza-la... estudando, vindo às aulas, tendo posse e uso dos textos e discutindo as ideias dos autores).
- Ah, professor que prova mais difícil! (O óbvio é que para quem não estuda, tudo é difícil).
E como uma das frases finais surge a famosa: - O senhor leu com 'carinho' a minha resposta 'tal'? Se o senhor olhar bem, com atenção, verá que a 'resposta' está aqui! (Apontando para uma palavra qualquer no meio do emaranhado de palavras, desconexas, que o estudante tem costumeiramente chamado de 'resposta').
E assim, nós professores vamos desperdiçando energia e tempo para ouvir, balançar a cabeça (afirmativa ou negativamente) e responder (em muitos momentos mais de uma vez!) de forma a mais educada de que o estudante é que está enganado.
E então 'tocar o barco' até a próxima avaliação, onde as frases-'chave' serão ouvidas mais uma vez (aliás, muitas outras vezes!).

Um comentário:

  1. Eu fiz uma prova estes dias, de matemática (para ser genérico), estava com tudo para tirar um 10. Eis que por forças ocultas as fórmulas se emaranharam na minha cabeça, estas que resolvia em casa, no caderno com pouca 'a nenhuma dificuldade. Encerrado o tempo, entrego a prova, sei que certamente não terei o 10, longe disso, um 5 ou 6. Saio da sala, relaxo, olho para o alto, ouço alguém comentando alguma coisa sobre a prova e repentinamente todas as fórmulas vem na minha cabeça, pego um rascunho rápido na mochila e rabisco as questões como lembrava na prova, resolvo metade delas em menos de 5 minutos com precisão e certeza. Naquele rascunho está o meu 10, que não entreguei na porta que acabei de passar.

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