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Assisti hoje um filme sobre a relação de um cão (chamado 'Hachi') e seu dono (Parker).
Do meio para o final do filme eu comecei a me incomodar.
O incômodo é justificado pela mensagem do filme - a lealdade.
Preciso contar o enredo (perdoem-me) - um cão (com forte personalidade) espera seu dono todos os dias, às 17h, na estação de trem. Depois de muitos anos o dono sai para o trabalho, mas não volta, pois morre. O cão continua indo todos os dias, às 17h, para a porta da estação de trem. A família se muda, cada um segue seu caminho, mas o cão, ao ouvir o som do trem no final da tarde, segue para a porta da estação e espera seu dono, que, obviamente, não voltará mais. E o cão faz isso por mais de dez anos após a morte do dono.
O final da estória não poderia ser outro - Hachi (leia-se Rati) morre, velho, na porta da estação numa noite de muita neve.
A lealdade é cada dia (cada vez mais) um sentimento difícil. A falta de valores das pessoas associada à competitividade, que nos é impressa na personalidade dia-a-dia, atuam fortemente contra o sentimento de lealdade. Um sentimento de 'dever com o outro/a' sem que seja necessário um contrato ou acordo.
O filme está em cartaz (e hoje é 07 de janeiro). Vejam, deixem a emoção tomar conta de seu espírito e coração, chore, se sentir vontade, mas saiba que o choro vem por causa da mensagem, da música de fundo, do cão (animais são usados nos filmes para encantar), da fotografia, do enredo, mas, certamente, você será tocado pela LEALDADE e, curiosamente, pela falta de lealdade nos dias de hoje.
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