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Um jovem casal estava num ônibus.
Conversavam animadamente. Risos. Brincadeiras... até que a moça, de uns 18 anos, enciumada, enfiou a unha na mão do rapaz.
O rapaz, de uns 20 anos, fez cara feia e em voz baixa chamou a atenção da moça, algo do tipo: “Poxa, me machucou... para com isso! Que ciúme idiota.”.
A moça arrependida fez um gracejo, riu, baixou os olhos e por várias vezes tentou fazer com que o rapaz a desculpasse.
O rapaz irredutível manteve a postura, inflexível. O olhar denunciava uma pequena mágoa.
Mais alguns quilômetros à frente, e por insistência da moça, o rapaz acabou sorrindo e cedendo aos apelos gestuais da moça.
Mais um quilômetro à frente e os dois já estavam novamente rindo e a brincadeira continuou.
Olhando essa cena percebi que a vida se mostra, reiteradamente, de formas diversas, mas sempre pelos mesmos motivos.
A moça instável não conseguiu ‘segurar a barra’ e numa atitude desesperada e mal pensada, por ciúme, machucou o rapaz.
O rapaz puniu a moça, mas, logo depois tudo havia sido esquecido.
Aquela situação mostra, com a devida proporção, os conflitos pelos quais passam as pessoas. A falta de sensatez e de controle levou a uma briga, mas logo tudo estava esquecido.
A atitude do rapaz, que tão rapidamente ‘perdoou’ a moça, não deixa de ser um tipo de reforço positivo ao que ela fez. É como se ele dissesse: “Não faz, mas se fizer, logo tudo estará bem”. E isso é um equívoco muito perigoso para a formação das pessoas, dos cidadãos.
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